Por que a Droga vicia ?
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Pelo mesmo motivo que gostamos de comer, de sexo e de exercício físico. Nosso organismo, não por acaso, é particularmente sensível às sensações de prazer, e nosso cérebro foi configurado para sempre querer mais do que é gostoso. O que não parece nada mau, não é? O problema foi que o feitiço virou contra o feiticeiro quando as drogas e seus efeitos colaterais deram as caras.
Essa “configuração cerebral” é chamada de sistema de recompensas e foi muito importante para nossa sobrevivência ao longo dos séculos. Quando nossos ancestrais faziam sexo, era gostoso, e o cérebro os estimulava a fazer mais daquilo. Mais sexo é igual a mais oportunidades de reprodução, a mais descendentes e a mais chances de sobrevivência para a espécie como um todo. Quando eles comiam, esse sistema os estimulava a comer mais. Mais comida é mais saúde e maior resistência a doenças e acidentes. E, na natureza, comida é algo escasso. O prazer, então, é só um suborno para continuar praticando o que faz bem.
Esse estímulo na verdade é uma substância chamada de endorfina, que tem o adequado apelido de “hormônio do prazer”. Esse processo todo é bastante primitivo biologicamente e pode ser encontrado mesmo em espécies bem menos complexas que um ser humano, tal como os insetos.
As drogas que viciam agem exatamente nesse mecanismo do cérebro para nos fazer cair na armadilha dos entorpecentes. Elas alteram a função do sistema de recompensas, fazendo o organismo parar de se preocupar com o próprio bem-estar e só dar atenção à alimentação do vício. Todas as fontes de prazer deixam de ter a mesma importância e só o consumo do entorpecente passa a ser agradável e desejável. Quem não entende a dificuldade que um dependente tem de abandonar o seu vício pode imaginar o seguinte: o quanto você sofre quando fica sem comida? Se estivesse morrendo de fome, o que seria capaz de fazer por comida? É uma sensação parecida com o que a ausência da droga causa em quem está viciado.
São diversas as substâncias que causam essa deturpação de um mecanismo com função tão nobre. É o caso da cocaína, do álcool, da nicotina, da heroína e também da maconha. O LSD, no entanto, apesar de causar danos cerebrais consideráveis, não age nessa área e, portanto, não vicia.
O mesmo fenômeno levou à descoberta do chamado sistema endocanabinóide. É isso mesmo: todo um conjunto de sinalizadores e receptores que se assemelham ao princípio ativo da Cannabis sativa, a popular maconha. O sistema dos endocanabinóides está tanto associado a sensações de bem-estar quanto ao controle da fome, o que explica a “larica”, ou fome exacerbada, de quem fuma um baseado. Por isso, remédios contra obesidade estão começando a explorar essa propriedade.
A cafeína é a substância psicoativa (ou seja, com efeitos sobre o sistema nervoso) mais consumida do mundo. Em média, toda pessoa toma uma dose de cafeína por dia no planeta.
Essa “configuração cerebral” é chamada de sistema de recompensas e foi muito importante para nossa sobrevivência ao longo dos séculos. Quando nossos ancestrais faziam sexo, era gostoso, e o cérebro os estimulava a fazer mais daquilo. Mais sexo é igual a mais oportunidades de reprodução, a mais descendentes e a mais chances de sobrevivência para a espécie como um todo. Quando eles comiam, esse sistema os estimulava a comer mais. Mais comida é mais saúde e maior resistência a doenças e acidentes. E, na natureza, comida é algo escasso. O prazer, então, é só um suborno para continuar praticando o que faz bem.
Esse estímulo na verdade é uma substância chamada de endorfina, que tem o adequado apelido de “hormônio do prazer”. Esse processo todo é bastante primitivo biologicamente e pode ser encontrado mesmo em espécies bem menos complexas que um ser humano, tal como os insetos.
As drogas que viciam agem exatamente nesse mecanismo do cérebro para nos fazer cair na armadilha dos entorpecentes. Elas alteram a função do sistema de recompensas, fazendo o organismo parar de se preocupar com o próprio bem-estar e só dar atenção à alimentação do vício. Todas as fontes de prazer deixam de ter a mesma importância e só o consumo do entorpecente passa a ser agradável e desejável. Quem não entende a dificuldade que um dependente tem de abandonar o seu vício pode imaginar o seguinte: o quanto você sofre quando fica sem comida? Se estivesse morrendo de fome, o que seria capaz de fazer por comida? É uma sensação parecida com o que a ausência da droga causa em quem está viciado.
São diversas as substâncias que causam essa deturpação de um mecanismo com função tão nobre. É o caso da cocaína, do álcool, da nicotina, da heroína e também da maconha. O LSD, no entanto, apesar de causar danos cerebrais consideráveis, não age nessa área e, portanto, não vicia.
Drogas Internas
O controle da liberação de endorfina quando comemos, fazemos sexo e exercícios, dormimos ou mesmo nos protegemos do frio é feito por um sistema cerebral conhecido como sistema opióide. O nome vem do ópio, porque essa droga afeta exatamente os mesmos receptores, ou “fechaduras químicas”, dos neurônios. Essa é uma característica comum a muitas outras drogas: provavelmente por acaso, sua composição química e a estrutura de suas moléculas “encaixa” de forma suficientemente precisa em receptores dos neurônios de humanos e outros animais afetados por elas. Não é que os neurônios tenham sido “fabricados” para absorver drogas: o que acontece é que, por azar, elas são parecidas com moléculas que o organismo produz naturalmente e que funcionam como sinalizadoras no cérebro, além de cumprir outras funções, em certos casos.O mesmo fenômeno levou à descoberta do chamado sistema endocanabinóide. É isso mesmo: todo um conjunto de sinalizadores e receptores que se assemelham ao princípio ativo da Cannabis sativa, a popular maconha. O sistema dos endocanabinóides está tanto associado a sensações de bem-estar quanto ao controle da fome, o que explica a “larica”, ou fome exacerbada, de quem fuma um baseado. Por isso, remédios contra obesidade estão começando a explorar essa propriedade.
A cafeína é a substância psicoativa (ou seja, com efeitos sobre o sistema nervoso) mais consumida do mundo. Em média, toda pessoa toma uma dose de cafeína por dia no planeta.
A forma é a função
Conheça as drogas fabricadas no interior do seu cérebro
Anandamida
Uma das principais substâncias do sistema endocanabinóide, ou seja, é um análogo do princípio ativo da maconha. Tem funções no sistema nervoso e no sistema imune (de defesa) do organismo.Dopamina
Essencial para uma série de funções neuronais, a dopamina fica em falta no cérebro de pessoas com mal de Parkinson. Um dos efeitos do LSD afeta os receptores dessa molécula.Endorfina
Molécula cujo nome quer dizer “morfina endógena”, ou seja, produzida pelo próprio organismo. Sua ação é a mesma das drogas da família do ópio, ligadas ao famoso sistema opióide. Lista sinistra
Tentativas de largar substâncias podem causar dores, depressão e até alucinações
A droga vicia em apenas cinco doses e apresenta as crises de abstinência mais intensas, provavelmente por causa de sua composição e de seu efeito no sistema nervoso central. Junto com o mal-estar e a inquietação, a pessoa que pára de usar heroína tem aumento de pressão, dores musculares, insônia e vômitosA síndrome de abstinência tem três fases: primeiro vem a "fissura", a vontade de usar a droga. Depois, a pessoa passa por um estado de sonolência. Por último, aparecem os sintomas de depressão, como angústia e irritabilidade. A pessoa pode se tornar dependente a partir da quarta dose
Também derivada da pasta de coca, a versão fumável e mais barata da cocaína causa sintomas de abstinência bastante parecidos com os da sua versão em pó. A principal diferença entre as duas substâncias é que as pedras de crack viciam ainda mais rápido, arrastando o dependente para o buraco em apenas duas ou três fumadas
ÁLCOOL
A dependência vem depois de um consumo constante por alguns anos, mas a síndrome de abstinência tem efeitos brutais. O dependente tem tremores, aumento da pressão, fica agitado e perde a clareza para avaliar as coisas. Nos casos mais graves, podem aparecer alucinações e delíriosA síndrome de abstinência é um pouco mais leve que a das outras drogas, mas também pode incluir sintomas graves - os principais são ansiedade, perda da capacidade de concentração, insônia e mau humor. Parte dos médicos acredita que a maconha vicia depois de dois meses de uso constante
Apesar de legalizada, a nicotina - a droga-base do cigarro - tem um alto poder viciante: a dependência pode ter início se o usuário fumar dezenas de cigarros em uma semana. Quando tenta parar, a pessoa sente ansiedade, angústia e inquietação. No trabalho, são comuns as perdas de concentração e de atenção
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Gírias usadas pelos usuarios :
- queimar um : Fumar
- giro : da uma volta
- to firmão : sem ter usado nenhum tipo de drogas
- noia : que vende as coisas de casa para comprar drogas
- larica : muita fome
- ponta : final do cigarro de maconha
- basiado : o cigarro de maconha
- dichavar : solta a maconha
- queimar um : Fumar
- giro : da uma volta
- to firmão : sem ter usado nenhum tipo de drogas
- noia : que vende as coisas de casa para comprar drogas
- larica : muita fome
- ponta : final do cigarro de maconha
- basiado : o cigarro de maconha
- dichavar : solta a maconha
Abstinência Narcótica
Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma sequência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica.
As primeiras 4 horas de abstinência- Ansiedade, comportamento de procura da droga
As primeiras 8 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral
As primeiras 12 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 4 horas de abstinência- Ansiedade, comportamento de procura da droga
As primeiras 8 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral
As primeiras 12 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 18-24 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal
As primeiras 24-36 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base
Síndrome de abstinência no recém-nascido
Costuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:
- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido.
Costuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:
- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido.
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